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NOTÍCIAS

FELÍCIO ROCHO

Hospital Felício Rocho realiza sua primeira cirurgia robótica cardíaca, em novembro
11 de dezembro de 2025 Saúde

 

 

Realizada em novembro, a primeira cirurgia robótica cardíaca do Hospital Felício Rocho (HFR) não só foi muito bem sucedida como vem superando as expectativas no alcance dos objetivos e no âmbito da recuperação mais rápida do paciente. A equipe médica foi coordenada pelo cirurgião cardiovascular, Dr. Renato Bráulio. “A cirurgia robótica evolui há mais de 20 anos na área de saúde e, no nosso setor cardiologia, ela alcançou um nível de desenvolvimento em que podemos aplicar esse método com muita segurança, assertividade e precisão, possibilitando uma recuperação mais rápida e com menor desconforto para o paciente”, destaca o médico. Esse paciente se recupera bem e já retoma suas atividades de rotina, menos de um mês após o procedimento.

 

O especialista explica que o paciente procurou o HFR com quadro de insuficiência mitral grave, buscando um tratamento mais moderno e menos invasivo. “Essa pessoa chegou com sintomas severos de falta de ar, palpitações e cansaço crônico, mas não queria ser tratado com incisão grande, por meio da esternotomia, que é o procedimento habitual em cirurgias cardíacas. Nossa equipe avaliou o quadro com novos exames e concluiu que esse era um caso compatível com o tratamento do nosso Programa de Cirurgia Cardíaca Robótica, iniciado recentemente no Felício Rocho”, relata Dr. Renato Bráulio.

 

Insuficiência mitral consiste em um problema cardíaco em que a válvula mitral não fecha corretamente durante a contração do coração, causando um refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo, que pode ser leve, moderado ou grave. Isso sobrecarrega o coração e pode levar a sintomas intensos como fadiga, falta de ar, inchaço nos membros inferiores e até insuficiência cardíaca. No caso do primeiro paciente de cirurgia robótica do HFR, esse refluxo era grave e exigia um tratamento imediato.

 

Oferecer uma alternativa menos invasiva também foi importante para essa pessoa, já que a esternotomia é um procedimento cirúrgico que envolve uma abertura no osso do peito (o esterno) - cujas metades são unidas novamente por meio de fios de aço -, para criar acesso ao coração e aos grandes vasos sanguíneos. Essa técnica implica em um processo de recuperação mais lento, cuidadoso e sofrido para o paciente. Os principais benefícios da cirurgia robótica cardíaca para o paciente incluem incisões menores, menos dor, menor risco de infecção, tempo de internação reduzido e uma recuperação mais rápida, em comparação com a cirurgia cardíaca tradicional de peito aberto.

 

“Ao invés de uma tradicional esternotomia, são feitas pequenas incisões no espaço entre as costelas. A vantagem tecnológica é muito grande, porque o robô tem braços específicos, muito habilidosos e pequenos, que conseguem entrar por meio de pequenas cavidades. Além disso, nos permite ter uma imagem ampliada, em terceira dimensão e com melhor visibilidade, por meio da qual nós médicos conseguimos ver os mínimos detalhes de todas as estruturas, fazendo correções com muita perfeição”, pontua o cirurgião cardíaco do HFR.

 

Principais indicações para cirurgias robóticas cardíacas

É importante ressaltar que a cirurgia robótica cardíaca não é indicada para todos os pacientes. A elegibilidade depende de uma avaliação clínica criteriosa, com exames de imagem, para que o especialista determine qual a técnica de tratamento mais adequada para cada caso.

 

Atualmente, esse método é indicado para o tratamento de doenças da valva mitral, revascularização do miocárdio e correção de problemas congênitos específicos. Veja abaixo alguns diagnósticos em que a tecnologia pode ser adotada.

Doença da Valva Mitral:

é uma das indicações mais comuns, permitindo o reparo (plastia) ou a substituição da válvula com alta precisão.

 

Doença Arterial Coronariana (DAC):

utilizada na cirurgia de revascularização do miocárdio totalmente endoscópica (CABG), em que o cirurgião desvia artérias bloqueadas para melhorar o fluxo sanguíneo.

 

Defeitos Cardíacos Congênitos:

pode ser empregada na correção de certas condições, como a comunicação interatrial (CIA).

 

Arritmias:

usada no tratamento híbrido da fibrilação atrial, uma arritmia comum e grave.

 

Tumores Cardíacos:

indicada para a ressecção (remoção) de tumores dentro do coração.

Doenças do Pericárdio:

pode ser aplicada em procedimentos como a pericardiectomia (remoção de parte ou de todo o pericárdio, a membrana que envolve o coração).

 

Hospital Felício Rocho realiza sua primeira  cirurgia robótica cardíaca, em novembro